ESTÓRIA DE PESCADOR
Lá pelos idos dos anos 60, havia uma grupo de pescadores jordanenses que contavam estórias fantásticas sobre suas viagens.
O pessoal começou bem pequeno, mas foi crescendo , crescendo, a ponto de ter que alugar um ônibus para transportá-los aqui e acolá.
Descobriram que o Rio Miranda, em Porto Murtinho, no Mato Grosso, era fértil em peixes de água doce.
Eram mais ou menos 20 pescadores que partiam de Campos do Jordão, paravam em São José do Rio Preto, procuravam a zona de meretrÃcio e levavam as “garotas†disponÃveis, aboletadas no coletivo. Eram moças de “vida fácil†(será?) que completavam a lotação do ônibus. Uma para cada pescador.
Chegando à cidade do destino, acomodavam-se em um hotel acostumado a recebê-los.
Durante o dia, em barco especialmente preparado para pescaria, eles vibravam com a quantidade e o tamanho dos peixes. Peixes enormes. Durante a noite, a peixada era outra, eles deitavam e rolavam. Três vezes ao ano pelo menos, os 20 pescadores partiam para o Rio Miranda, não se esquecendo nunca de parar em São José do Rio Preto para embarcar os peixões: Uma para cada um.
Depois de empreenderem viagem por longos três anos, um pescador resolveu propor aos seus companheiros que deveriam todos, ao menos uma vez na vida, levarem suas esposas, sem parar em São José do Rio Preto, e lógico, houve muita discussão, pois uns eram a favor e outros contra. Posto em votação a sugestão venceu o proponente, de modo que na próxima viagem ao Rio Miranda em Porto Murtinho, as esposas dos pescadores seriam convidadas e transportadas. Assim aconteceu. A rotina foi a mesma durante o dia, saiam no barco em busca dos peixes e à noite recolhiam-se ao hotel com suas esposas, que, diga-se de passagem, adoraram o passeio e a fartura de peixes. Terminada a pescaria, na hora de pagar a conta do hotel, o pescador-chefe foi ao encontro do gerente para saber o valor das despesas, que seriam cotizadas entre todos. Foi quando o gerente do hotel disse ao pescador-chefe: “Olha, moço, vocês tem trazido uma moçada bonita durante esses anos toda a vez que vêm se hospedar no hotel. Mas, desta vez, me desculpe. Que cambada de mulher feia vocês trouxeram! Onde vocês arrumaram esses bagulhos?†O pescador-chefe, ouviu, silenciou, mas lembrou-se da resposta dada pelo grande advogado Oscar Pedroso Horta, quando lhe perguntaram o que mais detestava na vida. O saudoso advogado respondeu: “Homem burro e mulher feia!â€
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